Canto das Curtas | Flores e Árvores (1932)
No Disney Portugal Blog celebra-se a Primavera com muitas novidades, sendo uma delas esta rubrica acaba de estrear. E que melhor curta-metragem, neste momento, senão “Flores e Árvores” (Flowers and Trees)? Uma verdadeira explosão de cor e movimento que tem muito mais para contar.
O dia 30 de Julho de 1932 marcou uma viragem no mundo da animação, no termo mais literal da palavra. Apesar de se estar em pleno Verão, foi a Primavera que invadiu os ecrãs com o lançamento de “Flores e Árvores”, a 29ª produção Silly Symphony dirigida por Bert Gillet e animada pelos artistas Les Clark, Norm Fergunson, Tom Palmer e Dave Hand.
Árvores, plantas trepadeiras e animais tomaram a floresta como palco de uma actuação musical onde alguns elementos da natureza fazem as vezes de melodiosos cantores e afinados instrumentos de modo a celebrar o amor. Mas há sempre um senão em qualquer história, e nesta, em particular, é um rabugento tronco cinzento que se recusa a participar nas festividades. As duas apaixonadas árvores, que ocupam o lugar de protagonistas, são confrontadas pelo tronco cinzento que ameaça destruir a floresta inteira, queimando-a. Provando que a inveja apenas conduz a auto-destruição, é o próprio tronco cinzento que sofre com as suas acções, deixando a floresta livre para a alegria e felicidade de um perfeito casamento da natureza.
Podes ver a curta-metragem aqui:
De um modo geral, a história resume-se a uma acção simples mas, como sempre, carregada de lições de moral que nos fazem repensar as atitudes conduzidas pelos sentimentos negativos - algo absolutamente comum nas produções Disney. A verdadeira inovação nesta obra-de-arte – que não poderia ser chamada de nada menos – prende-se com as cores! Inicialmente produzida a preto e branco, “Flores e Árvores” ganhou contornos de cobaia na experimentação de cores em animação, muito graças à insistência de Walt Disney. "Quando vi aquelas três cores ricas e verdadeiras num filmes, apeteceu-me gritar.", disse Disney.
Um contrato de exclusividade com a Technicolor assegurou os direitos para a produção a cores, e os vibrantes azuis, verdes, amarelos, vermelhos, e tantos outros, passaram a ser os tons constantes em filmes e curtas-metragens. O resultado foi aquele esperado: um sucesso extraordinário de “Flores e Árvores”, traduzido na vitória de um Óscar da Academia pela primeira vez!
Não muito conhecida pelas gerações mais jovens, “Flores e Árvores” sustenta-se no êxito de outrora e nas grandiosas inovações, afirmando-se, até hoje, como um marco na história da Disney!
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