Crítica do Mês | Rato Basílio: O Grande Mestre dos Detectives (1986)

Neste novo ano de 2012, o Disney Portugal estreia-se com "Rato Basílio" na Crítica do Mês. Um clássico esquecido que os nossos leitores nos ajudaram a lembrar!

Título original:
The Great Mouse Detective

Data de estreia internacional:
2 de Julho de 1986

Data de estreia em Portugal:
19 de Dezembro de 1986

Duração:
74 min

Realização:
Ron Clements
Burny Mattinson
Dave Michener
John Musker

Produção:
Burny Mattinson

Argumento:
Peter Young
Vance Gerry
Steve Hulett
John Musker
Ron Clements

Elenco original:
Barrie Ingham
Val Bettin
Vincent Price
Susanne Pollatschek
Candy Candido
Alan Young

Banda-sonora:
Henry Mancini

Orçamento:
$14 milhões (dólares)

Lucro de bilheteira:
$38,625,550 (dólares)


 Crítica

"Rato Basílio: O Grande Mestre dos Detectives" pode não ser o clássico mais inspirado – nem mais inspirador – da Disney, mas está longe de ser tão mau quanto o pintam. Baseado nos trabalhos de Sir Arthur Conan Doyle, este é um Sherlock Holmes de pequenas proporções. O detective é um rato que toma o nome de Basil – de Baker Street, claro está – e o seu acompanhante de aventuras é o Dr. David Q. Dawson, como John Watson que é.


O filme arranca rapidamente com o desenrolar da acção, quando Olivia vê o seu pai, um engenhoso fabricante de brinquedos, ser raptado por Fidget, um morcego com perna de pau que não consegue voar. De seguida, somos acompanhados por Dawson que nos narra o seu infortúnio, ao mesmo tempo que dá de caras com a pequena Olivia, perdida e procurando o tão afamado detective de Baker Street. Junto partem em busca da enigmática personagem e, batendo-lhe à porta, logo se apercebem da sua excentricidade, mas Basil não é apenas um lunático, Basil é um lunático dotado de uma capacidade de dedução inigualável, e as poucas pistas lhe bastaram para perceber quem estava por detrás do rapto, nada mais, nada menos do que o temível Professor Ratigan. Os três ratinhos, graças à perspicácia de Basil, dão de caras com o malfeitor, um pouco sádico, mas bem ao estilo Disney, com direito, como não poderia deixar de ser, à sua canção de vilão.


Toda a história se passa numa Londres nocturna e de cores tristonhas, que, podendo não se tratar de uma palete muito aprazível aos mais pequenos, lhe dá, ainda assim, um charme misterioso que não podia ser mais apropriado, fazendo até lembrar o visual característico de clássicos de outrora, nomeadamente de "Pinóquio". Mas não é só em termos estéticos que o filme pisca o olho a antigos clássicos animados, também os elementos fundamentais que contribuem para o desenvolvimento da história bebem muito dos ensinamentos de Walt Disney. Somos presenteados com as habituais personagens principais encantadoras e com maus da fita detestáveis – mas que, apesar de tudo, acabam por nos colocar um sorriso na cara pelas suas particularidades cómicas. O caso do detective não é o mais interessante que já lhe passou pelas mãos, mas não é por isso insatisfatório, pois é também necessário lembrar que os complexos mistérios que caracterizam a destreza de Sherlock Holmes não poderiam funcionar no filme que "Rato Basílio: O Grande Mestre dos Detectives" pretende ser.


Trata-se de um filme competente que restaura um pouco mais o ambiente próprio da Disney, esquecido em "Taran e o Caldeirão Mágico", um clássico extremamente sombrio que a própria companhia faz por esquecer. É esta pequena grande aventura liderada por um ratinho detective que começa por abrir caminho à chamada Era de Ouro e a restaurar a confiança da Disney, após clássicos de algum infortúnio e pouco sucesso.
Classificação: 3,5 em 5
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1 comentários:

Vi este filme apenas uma vez, quando era pequena. Lembro-me que não o achei mau de todo e ainda me conseguiu roubar a atenção para a história. Sinceramente, não me lembro do filme. Mas a minha opinião formada por ele é positiva.

22 de fevereiro de 2012 às 01:25 comment-delete

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