Crítica do Mês | Kenai e Koda (2003)
É a história de dois ursos que marca o mês de Março. Um belo filme que vale a pena recordar.
Título original:
Brother Bear
Data de estreia internacional:
1 de Novembro de 2003
Data de estreia em Portugal:
25 de Março de 2004
Duração:
85 min
Realização:
Aaron Blaise
Robert Walker
Produção:
Igor Khait
Chuck Williams
Argumento:
Tab Murphy
Tab Murphy
Lorne Cameron
David Hoselton
Steve Bencich
Ron J. Friedman
Elenco original:
Joaquin Phoenix
Joaquin Phoenix
Jeremy Suarez
Rick Moranis
Dave Thomas
Jason Raize
D.B. Sweeney
Banda-sonora:
Phil Collins
Mark Mancina
Orçamento:
?
Lucro de bilheteira:
$250,397,798 (dólares)
Crítica
De entre os filmes que estrearam na década
passada, que se tem como uma das menos bem-sucedidas da história da Disney,
onde figuram filmes como os pouco amados “Chicken
Little” e “O Paraíso da Barafunda”,
destaca-se uma maravilhosa lição de vida sobre redenção, amor e família.
“Kenai e
Koda” narra-nos a história de
três irmãos extremamente unidos, Sitka, Denahi e Kenai. Tudo começa quando
Kenai é presenteado com o seu totem, como sempre acontece com todos os jovens
da sua tribo, e recebe um urso, sem perceber o porquê desta atribuição,
acabando por ganhar ódio a estes animais. Entretanto, um cesto de peixe é
roubado por um urso e Sitka, perseguindo o animal, sofre uma morte
acidentalmente. Kenai vinga-se pelo irmão e acaba transformado em urso. Agora,
a única forma de voltar à sua condição humana é viajar até encontrar as Luzes
do Norte. É então que conhece Koda, um pequeno urso que perdeu a mãe e que o
acompanhará durante a viagem. Partem juntos, tornam-se amigos e, no final,
percebem que a sua ligação é muito mais forte do que aquilo que alguma vez
imaginaram.
A fórmula já a conhecemos, é a mesma de sempre e aquela
à qual já nos habituamos, mas não deixa, contudo, de ser algo diferente no
historial da Disney. Já tínhamos assistido a uma história de tribos, pela
primeira vez, em “Pocahontas”, mas
aquilo tentado em “Kenai e Koda”
consegue, apesar desse ponto em comum, ser completamente diferente.
Aqui, a mensagem é muito mais profunda e toca em
pontos de grande sensibilidade. Lidamos com a morte acidental, com o inevitável
ódio e com a sede pela vingança, mas aprendemos que a aceitação e a redenção
também fazem parte de nós, do ser humano.
Nesta história não precisamos de ter vilões, pois
as vicissitudes da vida e os problemas com os quais Kenai e Koda são
confrontados já são, por si só, suficientes. Durante as aventuras que passam
juntos, aprendem a aceitar-se um ao outro e dolorosas verdades vêm ao de cima,
tornando a sua ligação cada vez mais forte e inseparável.
Numa banda-sonora formidável, é Phil Collins quem
nos acompanha. Já conhecíamos o seu dom para belíssimas canções, como havia
comprovado em “Tarzan”, e, aqui, a
situação repete-se – e, para além da lenda Phil Collins, temos também a
incontornável Tina Turner, que empresta a sua voz em Great Spirits.
“Kenai e
Koda” é um filme doce. Faz-nos
lembrar de que também somos humanos e que, como tal, podemos – e devemos – aceitar,
perdoar e amar. A par de “Lilo & Stitch”, este é facilmente o melhor filme Disney da década passada.
Classificação: 4 em 5
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